segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Margarida Friorenta

Era uma vez uma Margarida num jardim.
Quando ficou de noite, a Margarida começou a tremer.
Aí, passou a Borboleta Azul.
A Borboleta parou de voar.
— Por que você está tremendo? — Frio! –
---Oh! É horrível ficar com frio! E logo numa noite tão escura!
A Margarida deu uma espiada na noite.
E se encolheu nas suas folhas.
A Borboleta teve uma idéia:
— Espere um pouco!
E voou para o quarto da Ana Maria.
— Psiu! Acorde! — Ana!
--- É você, Borboleta? Como vai?
— Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
— O que é que ela tem?
— Frio, coitada!
— Então já sei o remédio. É trazer a Margarida pro meu quarto!
— Vou trazer já!
A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:
— Você leva esse vaso pro quarto da Ana Maria?
Moleque era muito inteligente. E levou o vaso muito bem.
Ana Maria abriu a porta para eles. E deu um biscoito ao Moleque.
A Margarida ficou na mesa de cabeceira.
Ana Maria se deitou.
Mas ouviu um barulhinho.
Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo.
— Que é isso? — Frio! — Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho pra você.
Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.
— Agora você está bem. Durma e sonhe com os anjos.
Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria.
A Margarida continuou a tremer.
Ana Maria acordou com o barulhinho.
— Outra vez? Então já sei. Vou arranjar uma casa pra você!
E Ana Maria arranjou uma casa para a Margarida.
Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho.
Era a Margarida tremendo.
Então Ana Maria descobriu tudo.
Foi até a mesa de cabeceira e deu um beijo na Margarida.
A Margarida parou de tremer.
E dormiram muito bem a noite toda.
No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:
— Sabe, Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco, não!
E a Borboleta respondeu:
— Ah! Entendi!